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sábado, julho 31, 2004

ArtistShare 



Pergunta: O que é a ArtistShare?

Resposta (em discurso directo): "artistShare is a completely new business model for creative artists which benefits both the artist and the fan. artistShare is a way to finance new artistic projects while building a strong and loyal fan base. "

Esta editora permite que os músicos mantenham a posse legal das suas criações, e, aqui é que reside o curioso e inovador da questão, que os seus fãs possam, através da sua participação financeira, ter um pepel activo no processo de gravação, incluindo documentação áudio e vídeo, bem como ter acesso a outras informações importantes. Nesta editora o público passa a ter ingerência no processo criativo dos músicos. Francamente não sei se isto é bom ou mau...

A ArtistShare tem previstos lançamentos importantes até ao final do corrente ano. O primeiro é uma gravação ao vivo efectuada no Village Vanguard pelo trio do guitarrista Jim Hall, a segunda é do trio do Rachel Z Trio, com Chris Potter, e a terceira um novo álbum de estúdio da Orquestra de Maria Schneider.

Quem quiser saber mais pormenores poderá consultar artistshare.com.

sexta-feira, julho 30, 2004

Murray & Sanders em Sines 


 
Um dos momentos altos da edição deste ano do Festival de Músicas do Mundo de Sines é o concerto de David Murray, que vem ao festival pela terceira vez, depois das suas experiências africanas e cubanas, em 2001 e 2002.

Este ano, Murray promove um encontro com o "ka" de Guadalupe. O trabalho de David Murray sobre a música de Guadalupe começou em 1998 com o disco "Creole", continuou em 2002 com "Yonn-Dé" e com "Gwotet", editado já em 2004. Neste último disco, Murray conta com alguém muito especial a seu lado, Pharoah Sanders (originalmente Farrell Sanders), um dos lendários saxofonistas tenores da história do jazz, companheiro de John Coltrane sua fase mais experimental, entre 1965 e 1967. Após a morte de Trane, Sanders continuou a colaborar com a sua viúva, Alice Coltrane.

Na década de 70, Sanders combinou os ritmos africanos com o free jazz, explorando percussões e vozes. Murray e Sanders conhecem-se há bastante tempo. Em 1988, ganharam mesmo um Grammy com "Blues for Coltrane".

Os músicos que acompanharão David Murray (saxofone tenor e clarinete baixo) e Pharoah Sanders (saxofone tenor) neste concerto em Sines serão Jaribu Shahid (contrabaixo), Hervé Sambe (guitarra), Rasul Siddik (trompete), Klod Kiavue (tambor "ka" e voz), François Ladrezeau (tambor "ka" e voz) e Pheeroan Aklaff (bateria).

Concerto hoje à noite, pelas 23h00, no Castelo de Sines.

Cineclube Jazz 

Como tem sido hábito nas últimas sextas-feiras de cada mês, prossegue hoje, 30 Julho, às 22h00, a iniciativa "Cineclube Jazz", com a apresentação do filme "Stormy Weather", realizado por Andrew Stone em 1943.

A sessão terá lugar na Associação Cultural "Abril em Maio", Regueirão dos Anjos, 68, em Lisboa, com apresentação de José Duarte.

Lembre-se que por esta iniciativa já passaram os filmes "Shadows", de John Cassavetes, "Belarmino", de Fernando Lopes e "Jazz 34 - Remembrances of Kansas City Swing", de Robert Altman.

quinta-feira, julho 29, 2004

Jazzman Jul-Ago04 

Já tenho nas mãos o número referente aos meses de Julho e Agosto da revista francesa "Jazzman", que tem na capa desenhos alusivos a Ray Charles e Count Basie.

Neste número estival merecem destaque os artigos retrospectivos sobre as grandes figuras do jazz recentemente desaparecidas, Ray Charles ("Le Genius Visionnaire") e Steve Lacy ("Ou La Voie Oblique").

Também o 100º aniversário do nascimento de Count Basie (que se comemora no próximo dia 21 de Agosto) é motivo para um artigo especial, intitulado "Histoire d´un Big Bang".

A ler com atenção um completo dossier sobre o panorama jazzístico na África do Sul ("La Fin de L´Aparte") e uma entrevista com o saxofonista Joe Lovano, a propósito do seu mais recente disco "I´m All For You" (Blue Note, 2004).

Este número completa-se com notícias soltas, e com as habituais secções de agenda de espectáculos e de rádio/TV, de debate em torno de um disco, "Le Futurer" (da autoria de Alain Tercinet e Franck Bergerot), e de crítica de discos (os discos CHOC do mês são: "Private Brubeck Remembers", de Dave Brubeck, "Live at The Village Vanguard", de Uri Caine, "Funeral For A Frind", da Dirty Dozen Brass Band, "Recorded Live at The Munich Phillarmonic", de Ahmad Jamal, "Life Between The Exit Signs", de Keith Jarrett, "Gwotet", de David Murray & Gwo-Ka Masters, "BD Jazz", de Bud Powell, "En Route", de John Scofield e "Electric Masada, 504", de John Zorn.

quarta-feira, julho 28, 2004

Concertos finais no Sacramento Bar 

O Sacramento Bar vai encerrar as suas portas no final deste mês. Brevemente abrirá portas um novo espaço. Os últimos concertos agendados são os seguintes:

28 de Julho (Quarta-feira) (23h00)
Quarteto Rita Martins
Rita Martins (voz), Júlio Resende (piano), João Custódio (contrabaixo) e João Rijo (bateria).

29 de Julho (Quinta-Feira) (23h00)
Letícia Vasconcellos
Letícia Vasconcellos (voz), Cláudio Kumar (guitarra), Markus Britto (contrabaixo) e João di Sabato (bateria).

Sexta-Feira, 30 de Julho (23h00)
SPiLL
André Fernandes (guitarras e samples), João Gomes (teclados), Miguel Amado (baixo), André Sousa Machado (bateria e bateria electrónica), Marta Hugon (voz) e Kalaf (voz).

Sábado, 31 de Julho
Cocktail (21h30)
"The Last Jam Session" (23h00)
Festa de Encerramento do Sacramento Bar

Exposição "Fotografias de Jazz", da autoria  de Flapi
Exposição de Nanã Sousa Dias

O Sacramento Bar fica na Calçada do Sacramento (ao Largo do Carmo) em Lisboa.

Downbeat Ago04 

Este número da revista norte americana "Downbeat", que apresenta na capa o baterista Roy Haynes (vencedor da categoria de baterista do ano e da edição deste ano do "Hall Of Fame"), centra-se na apresentação dos resultados da 52ª edição do "Critics Poll", que contou com as votações de 108 críticos de jazz de todo o mundo, inclusivamente de Portugal (os representantes nacionais são Raul Vaz Bernardo, do "Expresso", José Duarte do sítio "Jazzportugal.net" e António Rúbio, do "Correio da Manhã").

Excelentes são os perfis de Roy Haynes, "Secrets of His Time", da autoria de saxofonista Joshua Redman) e de Dave Holland (vencedores das categorias Artista de Jazz, Álbum de Jazz, Grupo Acústico e Contrabaixista do ano).

A lista completa dos vencedores da edição deste ano nas diversas categorias (artistas estabelecidos e rising star) é a seguinte:

Hall Of Fame - Roy Haynes
Artista de Jazz - Dave Holland
Rising Star Artista de Jazz - Jason Moran
Álbum de Jazz - Dave Holland Quintet "Extended Play" (ECM, 2003)
Editora - Blue Note
Reedição de Jazz - Miles Davis - "The Complete Jack Johnson Sessions" (Columbia Legacy, 2003)
Grupo Acústico - Dave Holland Quintet
Rising Star Grupo Acústico - The Bad Plus
Grupo de Jazz Eléctrico - Zawinul Syndicate
Rising Star Grupo de Jazz Eléctrico - Charlie Hunter Trio
Big Band - Mingus Big Band
Rising Star Big Band - Either/Orchestra
Saxofone Soprano - Steve Lacy
Rising Star Saxofone Soprano - Steve Wilson
Saxofone Alto - Lee Konitz
Rising Star Saxofone Alto - Miguel Zenón
Saxofone Tenor - Joe Lovano
Rising Star Saxofone Tenor - Chris Potter
Saxofone Barítono - James Carter
Rising Star Saxofone Barítono - Claire Daly
Clarinete - Don Byron
Rising Star Clarinete - Chris Speed
Flauta - James Newton
Rising Star Flauta - Jane Bunnett
Trompete - Dave Douglas
Rising Star Trompete - Jeremy Pelt
Trombone - Steve Turre
Rising Star Trombone - Josh Roseman
Guitarra - Bill Frisell
Rising Star Guitarra - Russell Malone
Piano - Keith Jarrett
Rising Star Piano - Jason Moran
Contrabaixo - Dave Holland
Rising Star Contrabaixo - Scott Colley
Baixo Eléctrico - Steve Swallow
Rising Star Baixo Eléctrico - Matthew Garrison
Bateria - Roy Haynes
Rising Star Bateria - Matt Wilson
Percussão - Ray Barretto/Poncho Sanchez
Rising Star Percussão - Susie Ibarra
Teclados/Sintetizadores - Joe Zawinul
Rising Star Teclados/Sintetizadores - Uri Caine
Órgão - Joey DeFrancesco
Rising Star Órgão - Sam Yahel
Violino - Regina Carter
Rising Star Violino - Jenny Scheinman
Vibrafone - Bobby Hutcherson
Rising Star Vibrafone - Stefon Harris
Instrumento miscelânia - Toots Thielemans (harmónica)
Rising Star Instrumento miscelânia - Erik Friedlander (violoncelo)
Vocalista Feminina - Cassandra Wilson
Rising Star Vocalista Feminina - Luciana Souza
Vocalista Masculino - Kurt Elling
Rising Star Vocalista Masculino - Peter Cincotti
Compositor - Dave Douglas
Rising Star Compositor - Jason Moran
Arranjador - Maria Schneider
Rising Star Arranjador - Steven Bernstein
Produtor - Michael Cuscuna
Rising Star Produtor - Matt Balitsaris
Rising Star Artista/Grupo "Outros estilos" - Derek Trucks
Álbum de Blues - Otis Taylor - "Truth Is Not" (Telarc)
Artista/Grupo de Blues - Buddy Guy
Rising Star Artista/Grupo de Blues - Derek Trucks
"Outros estilos" Artista/Grupo - Norah Jones
Álbum "Outros estilos" - Outkast - "Speakerboxxx/The Love Below" (Arista, 2003)

Referência igualmente para os artigos evocativos da memória dos nomes grandes do jazz que faleceram recentemente, Elvin Jones (1927-2004), Steve Lacy (1934-2004) e Ray Charles (1930-2004).

Destaque ainda para o habitual "Blindfold Test", desta vez com o saxofonista Lee Konitz (vencedor deste ano na categoria Saxofonista Alto).

Como sempre merecem também especial atenção as secções "Chord & Dischords", "Living Jazz", "Vinyl Freak" (com uma análise ao disco "Raps", de Steve Lacy), "Review" (crítica de discos), entre outras.


terça-feira, julho 27, 2004

Sexy jazz 


Retirado de : www.tierneysutton.com

Apesar da mesma, garanto-vos que a imagem não é tudo...

segunda-feira, julho 26, 2004

Biojazz 

Nem de propósito. Estava eu embrenhadíssimo a escrever uns textos sobre questões ligadas ao ambiente e à conservação da natureza, quando me surge esta frase de John Coltrane:

"All a musician can do is to get closer to the sources of nature, and so feel that he is in communion with the natural laws."

O jazz e a conservação da natureza nunca estiveram tão próximos...

Jazz Goa 

Jazz Goa é o nome de um clube formado por um grupo de músicos e de pessoas que gostam de jazz para promover o jazz em Goa. O objectivo principal do clube é o de implementar uma plataforma organizada, não só para os músicos locais mas também para os músicos internacionais, que os incentive a ir à cidade e a desfrutar da ambiência da mesma.

A cidade indiana de Goa tem sido sempre um destino preferencial para muitos grandes nomes do jazz, motivados pelas belas paisagens, pelo estilo de vida tranquilo e despojado, e pela hospitalidade das gentes goesas.

O clube Jazz Goa desempenhará o papel de anfitrião dos músicos internacionais, oferecendo-lhes oportunidades para tocar em jam sessions e em concertos de maior dimensão, em locais da cidade que apresentam regularmente jazz ao vivo. Tal como na maior parte do mundo, o jazz constitui em Goa apenas um nicho de audiência. Outro dos desígnios do Jazz Goa é alargar a base dos apreciadores de jazz, com base no encorajamento de amantes de outros estilos de música a apreciarem ao vivo a experiência do jazz. Os planos futuros do clube incluem a edição discográfica de gravações ao vivo de concertos, registadas no decorrer das muitas iniciativas previstas para Goa.

Para mais informações sobre esta interessante iniciativa, consultar o sítio Jazz Goa.

sábado, julho 24, 2004

Morreu o Mestre Paredes 



Apesar de a debilidade do estado de saúde em que se encontrava ser conhecida há longo tempo, a notícia da sua morte apanhou-me de surpresa.

Nascido a 10 de Fevereiro de 1925, em Coimbra, Carlos Paredes era filho de Artur Paredes e neto de Gonçalo Paredes, ambos marcantes guitarristas. O seu primeiro disco, um EP chamado simplesmente "Carlos Paredes", foi editado em 1957. Em 1962 compôs, entre outras, a banda sonora para o filme "Verdes Anos", realizado por Paulo Rocha. Em 1967 foi convidado por Amália Rodrigues para cantar em Paris. Também nesse ano edita "Guitarra Portuguesa", o seu primeiro LP.

Já em 1982 é apresentada a banda sonora que escreveu para o bailado "Danças para uma Guitarra", coreografado por Vasco Wellenkamp. Em 1988 edita aquele que é para mim o ponto mais alto da sua genialidade, uma pérola chamada "Espelho de Sons".

Em 1990, gravou o disco "Dialogues" com o contrabaixista norte-americano Charlie Haden, com quem já tinha tocado em Setembro de 1978, numa mítica sessão no Hot Clube. A personalidade perfeccionista e teimosa de ambos, levou-os a afirmar que o disco não passara de uma oportunidade perdida.

Apenas tive a oportunidade de o ver ao vivo numa única ocasião. Foi em 1991, na Aula Magna. Lembro-me de o ver começar a tocar, já debilitado, o "Verdes Anos", e de ser interrompido, enquanto improvisava, por uma enorme salva de aplausos, que o fez parar de tocar, emocionado.

Tocou pela última vez ao vivo, também na Aula Magna, em 1993. Pouco tempo depois é-lhe diagnosticada uma doença do foro neurológico, que o foi matando, aos poucos.

Disse um dia: "Improvisando é que se encontram regras humanas, intuitivas, que permitem ás pessoas comunicar - um músico português com um músico chinês ou africano, o que já me sucedeu várias vezes - e nos entendermos todos magnificamente. A música é uma forma de entendimento universal." (DN, 1990.03.18).

Trabalhou como administrativo no Hospital de São José, em Lisboa. Foi preso pela PIDE e expulso da função pública. Só foi readmitido, como arquivista no Serviço de Radiologia do mesmo hospital, depois do 25 de Abril. E sim, era Militante do Partido Comunista Português desde1950.

Sabem, eu tinha a secreta esperança que a morte não levasse aqueles dedos de ouro.

Ficarei sempre com a sua música a encher-me a alma.


Illinois Jacquet 1922 - 2004 

Illinois Jacquet nasceu em Broussard (Lousianna) a 31 de Outubro de 1922, tendo crescido em Houston. Começou por tocar na orquestra de Milton Larkin. Em 1940 parte para Los Angeles onde passa a integrar a orquestra de Lionel Hampton (1942 e 1943), a conselho de Nat "King" Cole. É dele o clássico solo do emblemático "Flyng Home", uma das obras primas de Hampton. Torna-se numa importante peça em todas as big bands por onde passa: Cab Calloway (1943 e 1944) e Count Basie (1945 e 1946). Tocou também na Jazz At The Philarmonic. É considerado o elemento chave na transição entre o swing e o rhythm´n´blues. Já nos anos 70 manteve um trio juntamente com o pianista Milt Buckner e o baterista Jo Jones, tendo, em 1983, voltado à ribalta e fundado uma big band, ao seu velho estilo.

Morreu ontem, aos 81 anos, em Nova Iorque.

quinta-feira, julho 22, 2004

Trio de Bernardo Sassetti em Monsaraz  


 
Na iniciativa "Monsaraz - Museu Aberto", que decorre até Domingo próximo naquela aldeia norte alentejana, volta a haver espaço para o jazz, com o concerto do trio de Bernardo Sassetti, onde o próprio, ao piano, se fará acompanhar como sempre por Carlos Barretto no contrabaixo e por Alexandre Frazão na bateria.
 
O concerto será já amanhã, 23 de Julho, a partir das 22h30, no Castelo de Monsaraz. Um concerto vivamente recomendado pelo "Improvisos Ao Sul". E Monsaraz aqui tão perto...


O Democrata Elling  


 
Um dos mais prestigiados cantores de jazz da actualidade, Kurt Elling, será um dos delegados do estado de Illinois que estará presente na Convenção do Partido Democrata norte-americano, que terá lugar em Boston, a partir da próxima segunda-feira, e que já é considerada, em termos de delegados presentes, a mais diversificada de sempre.
 
Diz Elling: "I am proud of this opportunity to stand up for intelligence, good sense and real morality in government. It is a decisive time in the history of our planet politically, environmentally, economically and sociologically. This is no time for demagogues or fearful children to lead America. It is time to put an adult back in the White House. It is time to elect John Kerry.
 
A prova de que Elling não é um propriamente um simples "Man In The Air"...


quarta-feira, julho 21, 2004

Ira 

Em Agosto de 1997, perante os então Presidente da República Checa Vaclav Havel, Secretária de Estado norte-americana Madeleine Albright, e os músicos Laurie Anderson e Lou Reed, que estavam animadamente a conversar durante um Bar Kokhbah Show no "The Knitting Factory", vociferou um incomodado Jorn Zorn: 
 
"Shut The F*ck Up! We're trying to make some music down here! Jive-ass mother f*ckers!!
 
O homem não estava mesmo para brincadeiras...

terça-feira, julho 20, 2004

3º Workshop "Tavira em Jazz" 

Terá lugar já no próximo mês de Setembro o 3º Workshop "Tavira em Jazz", organizado pela Associação Grémio das Músicas, dirigida pelo multifacetado músico/contrabaixista/compositor/director de orquestra/pedagogo/professor Zé Eduardo.
 
As aulas começam no dia 6 (segunda-feira) e acabam no dia 10 (inclusive), estando o dia 11 reservado para ensaios de combos e big band, para o concerto final e para a entrega de diplomas. Cada dia terá 5 horas de trabalho repartidas por teoria, instrumento, combo, big band e arranjos/composição avançados.
 
Este ano estarão presentes oito professores americanos: John Swana (trompete), Greg Tardy (saxes), Alan Ferber (trombone). Aaron Goldberg (piano), Jonathan Kreisberg (guitarra), Matt Penman (contrabaixo) e Mark Ferber (bateria).
 
Como convidado especial, destaca-se a presença do mítico trompetista Jack Walrath, um dos últimos "homens" de Charles Mingus: que dará aulas avançadas de arranjos/composição e big band no estilo que começa com Duke Ellington e continua com Mingus.
 
As inscrições já estão abertas. Para mais informações, os interessados deverão entrar em contacto com a Associação Grémio das Músicas, situada na Rua Gonçalo Barreto, 2 , 8000-360 Faro, pelo tel/fax 289 812 576.ou através do e-mail ideamusic@mail.telepac.pt. Toda a informação e inscrições on-line em www.gremiodasmusicas.org. As inscrições que forem efectuadas antes de 31 de Julho beneficiarão de condições especiais.
 
Saudações retribuídas ao Zé Eduardo em Bb7 b13 b9.

The Count Basie Orchestra - Jubilee Tour 

  

Retirado de:  www.mamajazz.org
 
Toca esta noite no Centro Cultural de Belém, pelas 21h00, a Orquestra de Count Basie, que se encontra em digressão, intitulada "Jubilee Tour", a festejar o 100º aniversário de Count Basie.
 
Agora dirigida pelo trombonista Bill Hughes, esta orquestra, verdadeiramente lendária, conta no seu riquíssimo palmarés com 17 "Grammy Awards", 2 "Grammy Hall of Fame", 9 "Downbeat Readers and Cristics Poll" e 1 "Award of Legendary Big Band".
 
Tem efectuado gravações com nomes grandes, como Frank Sinatra, Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan e Tony Benett, entre outros.
 
Reviver e refrescar a tradição da música de Basie é o propósito da orquestra. Segundo refere Aaron Woodward III, responsável da Basie Enterprises, "Our role has been to keep the Basie band a living, breathing, growing orchestra".
 
Espera-se uma noite cheia de precisão, força, espírito de conjunto e, acima de tudo, muito swing no CCB!


segunda-feira, julho 19, 2004

Brad Mehldau a solo em Portugal 


Retirado de: www.bradmehldau.com

Improvisador nato, Brad Mehldau, com apenas 34 anos de idade, é um pianista extremamente prolífico desde meados da década de 90. Tem trabalhado basicamente com o seu trio, completado pelo contrabaixista Larry Grenadier e pelo baterista Jorge Rossy, mas também a solo e em inúmeras colaborações com outros músicos.

Por mais que tenha sido atacado pelos mais puristas, nunca teve receio em se apropriar de temas do repertório pop/rock, transformando-os à sua maneira, e juntando-os a standards do jazz. Na sua já vasta discografia destaque para os vários volumes "The Art of The Trio" e para "Largo", disco de 2002.

A sua música tem aparecido em diversas bandas sonoras de filmes, incluindo "Eyes Wide Shut", de Stanley Kubrick e "Million Dollar Hotel", de Wim Wenders.

Recentemente, deslumbrou-nos com os discos "Don´t Explain", ao lado do saxofonista e seu amigo de infância Joel Frahm, e "Anything Goes", com o seu trio de sempre.

O seu mais recente projecto é um trabalho para voz e piano, encomendado pelo Carnegie Hall, que deverá ser apresentado na primavera de 2005.

Poderemos vê-lo a solo, no próximo dia 30 de Julho, na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa. Por estas razões, e por milhões de outras, um concerto a não perder!
 

domingo, julho 18, 2004

Diálogo 



Não, não vou falar de António Guterres.

Uma vez que tenho andado a redescobrir "Dialogue", disco a meu ver seminal no desenvolvimento de novas linguagens para o vibrafone no contexto do jazz moderno, vou falar de Bobby Hutcherson, um dos de vibrafonistas que obteve reconhecimento quer como instrumentista quer como compositor. Herdou a tradição jazzística clássica de Lionel Hampton e de Red Norvo, bem como as inovações introduzidas por Milt Jackson.

Bobby Hutcherson nasceu a 27 de Janeiro de 1941, em Los Angeles. Tocou com Curtis Amy e com o saxofonista Charles Lloyd, bem como num quinteto co-dirigido por Al Grey e Billy Mitchell, que o levou até Nova Iorque em 1961. Começou então a tocar com um grupo de visionários , que inclua nomes como os saxofonistas Jackie McLean, Archie Shepp, Eric Dolphy, Hank Mobley e também o pianista Herbie Hancock. Em 1963, como resultados destas associações, Hutcherson começou a aparecer como sideman em numerosos discos da Blue Note,alguns tão importantes como "Out to Lunch", de Eric Dolphy, "Judgement", de Andrew Hill e "Life Time", de Tony Williams

"Dialogue", gravado em 1965, é o disco que marca a sua estreia como líder, tendo a seu lado nomes como Freddy Hubbard (trompete), Sam Rivers (sax tenor, sax soprano, clarinete baixo e flauta), Andrew Hill (piano), Richard Davis (contrabaixo) e Joe Chambers (bateria).

O ambiente caribenho de "Catta", o nostálgico "Idle While" (da autoria de Joe Chambers, com excelentes solos de Hutcherson e Hubbard), "Les Noirs Marchant" (em ritmo de marcha, marcado pelo contrabaixo de Davis), "Dialogue" (um momento ímpar de orquestração livre, em regime de "no solo") e "Ghetto Lights" (um blues lento, com excelentes solos de Hubbard e Rivers) constituem momentos musicais absolutamente fantásticos. Um disco de horizontes largos.

sábado, julho 17, 2004

Lagos Jazz 2004  



Começa no próximo dia 11 de Agosto, estendendo-se até dia 15, o Lagos Jazz 2004, iniciativa organizada pela Câmara Municipal de Lagos e direcção artística a cargo do músico Hugo Alves. Integrados neste festival irão decorrer concertos no auditório do Centro Cultural de Lagos, concertos de rua, workshop, conferência, bem como as incontornáveis jam sessions. 
 
11 de Agosto (Quarta-feira)
Palestra "O Jazz no Séc. XXI", com José Duarte, com audição de CD's e entrada gratuita. A "The Good Times Jazz Band" actuará no pátio do Centro Cultural de Lagos. Neste dia, serão apresentados em concerto dos músicos que serão os professores do workshop: Hugo Alves (trompete), Mário Delgado (guitarra), Paulo Gomes (piano), Rodrigo Monteiro (contrabaixo) e Michael Lauren (bateria), que vão apresentar um repertório baseado em temas originais. 
 
12 de Agosto (Quinta-feira)
Orquestra de Jorge Costa Pinto com Maria Viana "West Coast Jazz"
 
13 de Agosto (Sexta-feira)
Randy Brecker & Bill Evans NY Soul Bop
 
14 de Agosto (Sábado)
TGB
Mário Delgado (guitarra), Alexandre Frazão (bateria) e Sérgio Carolino (tuba)
 
15 de Agosto (Domingo)
Os combos resultantes da workshop e ainda o combo de big band irão mostrar os seus dotes, ao que se seguirá a entrega de diplomas em presença de representantes da Câmara Municipal de Lagos do corpo docente do workshop. De 11 a 14 de Agosto, a "New Orleans Jazz Band", apresenta o seu "dixieland" pelas ruas da cidade, por volta das 18h00. Também de 11 a 14 de Agosto decorrerão, logo a seguir aos concertos, no Stevie Rays Blues Jazz Bar, jam sessions abertas a público e músicos.
 
Mais um festival no sul do país que ganha posição no panorama jazzístico nacional!

quinta-feira, julho 15, 2004

blueSwing 

Foi inaugurado no passado dia 6 de Julho um novo clube de jazz. Chama-se blueSwing e tem como director artístico o músico Laurent Filipe.

O blueSwing fica na Travessa Afonso Sanches 6-B, Largo Camões, em Cascais. Abre de terça a domingo, entre as 21h00 e as 4h00.

Lobojazz 



Curiosidade científico-jazzística: o lobo improvisa a solo e em grupo...

O lobo tem swing!

quarta-feira, julho 14, 2004

Jazzmin 2004 

Já é conhecido o cartaz da 3ª edição do JAZZMIN - Festival de Jazz de Aljustrel, que decorrerá entre 17 e 19 de Setembro na vila mineira. Os nomes agendados são os seguintes:

17 de Setembro (Sexta-feira)
Trio de Mário Laginha
Mário Laginha (piano), Bernardo Moreira (contrabaixo) e Alexandre Frazão (bateria).

18 de Setembro (Sábado)
Rodrigo Gonçalves "Tribology"
Rodrigo Gonçalves (piano, Fender Rhodes), Perico Sambeat (sax alto), Jabier Colina (contrabaixo) e Alexandre Frazão (bateria).

19 de Setembro (Domingo)
Multiphonic Pocket Band
Mário Marques (sax e samplers), João Moreira (trompete), Ruben Santos (trombone), Sérgio Carolino (tuba) e Bruno Pedroso (bateria).

Os espectáculos terão lugar no Auditório da Biblioteca Municipal. Mais informações em breve.

Hot & Cool 

Na tarde do passado sábado subiram ao Palco do Auditório Fernando Lopes Graça / Parque Palmela, em Cascais, 19 senhores vestidos a rigor, à boa maneira das orquestras clássicas, dos anos 20 e 30. Fato escuro, camisa branca, gravata e lenço azuis claros, a condizer. Excepção na indumentária para os três líderes: Jeff Hamilton, o baterista, John Clayton, contrabaixista e maestro, e Jeff Clayton, saxofonista alto.

A Clayton-Hamilton Jazz Orchestra (CHJO) vinha rotulada como uma das melhores orquestras de jazz da actualidade. Ganhou inclusivamente prémio da "Downbeat" para a melhor big band de 2003. Todos os presentes aguardavam a confirmação deste galões. A CHJO não deixou os seus créditos por mãos alheias.

Provou ser uma máquina de swing bem oleada, criando, ao longo da sua actuação, momentos de puro deleite na fruição daquilo que o jazz é na sua essência histórica: entretenimento, alegria, gozo, exaltação do corpo e da alma. Funciona como um todo bem interligado, com espaço para a afirmação solística dos seus elementos, e tantos e tão bons que eles são (Ryan Porter, Maurice Spears, Jeff Clayton ou Rickey Woodard, só para citar alguns nomes). Até Eugene Snooky Young, com os seus provectos 85 anos de idade soprou como se tivesse 20!

Excelentes revisões do ambiente be-bop de "Eternal Triangle", de Sonny Stitt ("please fasten your seat belts", como prudentemente avisou John Clayton), do eternamente swingante "The Jody Grind" (de Horace Silver), de "On The Sunny Side Of The Street", popularizado pela histórica orquestra de Tommy Dorsey, ou "Squatty Roo", de Johnny Hodges, outros dos momentos explosivos da tarde/noite.

Nos temas mais lentos, destaque para "(Back Home Again In) Indiana" (com Hamilton excelente nas escovas, a pacificar o ambiente) e "Emily" (de Johnny Mandel), balada lindíssima, com John Clayton a usar o arco de e Jeff Clayton a protagonizar um melhores solos de todo o concerto. Brilhante foi a também a recriação da ambiência elligtoniana de "Mood Indigo".

De entre os temas originais, apreciei particularmente "Silver Celebration", destinado precisamente a comemorar o 75º aniversário de Horace Silver, dedicada por John Clayton ao próprio.

Momentos que fizeram a delícia de todos os que apreciam o jazz, mesmo os mais dados a outras orientações estilísticas. Momento para mergulhar na dimensão história do jazz, sempre fundamental, na noção de revisitar, actualizando, de espírito aberto para redimensionar ambientes e contextos. O pianista Bill Cunliffe e o trombonista Wycliffe Gordon, tranquilamente sentados na plateia, foram apenas dois exemplos de satisfação com o que se passava no palco.

Sem dúvida um dos momentos altos desta edição do Estoril Jazz / Jazz num Dia de Verão. Um excelente concerto.

Jazz hot? Cool jazz? Apenas muito JAZZ!

P.S.: Na sacramental visita à tenda da FNAC instalada no local adquiri "Shout Me Out", o mais recente registo discográfico da CHJO, editado em 2000.

sexta-feira, julho 09, 2004

Programa de hoje 

O "Improvisos Ao Sul" cumpre hoje a sua última emissão antes de férias.

Vamos fazer o rescaldo do concerto de Mark Shim, que teve lugar no passado sábado, no âmbito do no XXIII Estoril Jazz / Jazz num Dia de Verão. Na emissão de hoje vamos também ouvir Dave Douglas, Jacinta, Count Basie, Kenny Garrett e mais...

Escusado será dizer que o programa de rádio vai a banhos - como habitualmente regressaremos em Setembro, de cara lavada - mas que o blogue resiste ao calor do Verão!

Clayton-Hamilton Jazz Orchestra 



Apreciador de grandes orquestras, o "Improvisos Ao Sul" vai assistir amanhã ao final da tarde, a partir das 19h00, no Auditório Fernando Lopes Graça / Parque Palmela, em Cascais, ao concerto da Clayton-Hamilton Jazz Orchestra, integrado no XXIII Estoril Jazz / Jazz num Dia de Verão. Orquestra bastante conceituada, quer pelos arranjos de John Clayton quer pela qualidade dos temas originais, foi inclusivamente distinguida em 2003 pela revista norte-americana "Downbeat" com o prémio para a melhor big band.

Esta orquestra foi criada em 1985 por dois grandes músicos: o baterista Jeff Hamilton (que tocou no trio de Ray Brown) e pelo contrabaixista John Clayton (discípulo de Brown, com o qual gravou os discos "Super Bass"). A estreia discográfica deu-se em 1990 com o disco "Groove Shop", destacando-se também os discos "Absolutely" (1995), "Explosive!" (1999), com o vibrafonista Milt Jackson, ou "Shout Me Out" (2000).

A Clayton-Hamilton Jazz Orchestra é composta pelos seguintes músicos:

Trompetes
Bijon Watson, Eugene Snooky Young, Clay Jenkins, Gilbert Castellanos e Sal Cracchiolo

Trombones
Ira Nepus, George Bohanon, Ryan Porter e Maurice Spears

Saxofones
Jeff Clayton (alto), Keith Fiddmont (alto), Rickey Woodard (tenor), Charles Owens (tenor) e Lee Callet (barítono).

Secção rítmica
Christoph Luty (contrabaixo), Tamir Hendelman (piano), Jim Hershman (guitarra), Jeff Hamilton (bateria) e John Clayton (contrabaixo e maestro).

Espera-se um final de tarde de sábado cheio de swing!

quinta-feira, julho 08, 2004

X Festival Internacional de Jazz de Loulé 

Começa no próximo Sábado, prolongando até ao último dia deste mês de Julho, o X Festival Internacional de Jazz de Loulé, um evento que já granjeou prestígio no circuito dos festivais de jazz de Verão em Portugal.

O menu é o que se segue:

10 de Julho (Sábado - Cerca do Convento Espírito Santo - 21h30)
Trio de Joel Trolonge "Oscarism" - Tributo ao contrabaixista Oscar Pettiford

16 Julho (Sexta-feira - Alcaiadaria do Castelo - 22h00)
Trape Zape Trio

17 Julho (Sábado - Cerca do Convento Espírito Santo - 21h30)
Gilad Atzmon & The Orient House Ensemble

23 Julho (Sexta-feira - Alcaiadaria do Castelo - 22h00)
Quinteto de Jazz do Sul

24 Julho (Sábado - Cerca do Convento Espírito Santo - 21h30)
Quinteto de Kenny Barron, com Stefon Harris

30 Julho (Sexta-feira - Alcaiadaria do Castelo - 22h00)
Quarteto Ibéria

31 Julho (Sábado - Cerca do Convento Espírito Santo - 21h30)
Quinteto de Anne Ducros

O "Improvisos Ao Sul" vai tentar dar um salto a Loulé para ver Kenny Barron e Stefon Harris. Um grande concerto em perspectiva!

DM... saxofonista? 

Noticiário das 08h00 na TSF. A jornalista de serviço, por sinal excelente, apresentava uma peça sobre o espectáculo desta noite no Estoril Jazz, com Branford Marsalis, ao que se seguiram curtas declarações de Duarte Mendonça, o mentor da iniciativa.

Em jeito de conclusão, a referida jornalista diz qualquer coisa como isto: "Mais uma noite de jazz no Parque Palmela, com o saxofonista... Duarte Mendonça!"

Acontece...

quarta-feira, julho 07, 2004

Good for the chops 

Clark Terry sobre Louis Armstrong:

"Anybody who´s my age would have to admit that Louis Armstrong was the man. We lived in Corona, Queens, in his later years. Louis lived on 107th Street, Dizzy lived on 106th Street and I lived on 110th Street. Dizzy and I used to meet on the corner and walk over Pop´s [uma das alcunhas de Armstrong] house, ring the bell, and hear Lucille [mulher de Louis Armstrong] say, "It looks like Diz and Clark." Pops would say, "Let´em in!" So we´d go in and tell him each time that we came to get our batteries charged.

He´d say, "Come on in and sit down, I´m gonna give you the history of jazz." And of course, he was the history of jazz. He´d sit us down there and tell us stories. One of the things he laid on me - and he must have done this for most trumpet players - is he said, "I like your playing and I want you to know one thing. You play a good trumpet, and people like trumpet, but you gotta sing more. People like trumpet, but they also like singing. Besides, it´s good for your chops." So I took his advice."

(retirado de: Downbeat, 70th Anniversary Collectors Edition, Julho 2004)

CoolJazzFest 



Com um cartaz bastante eclético, começa na próxima Sexta-feira o CoolJazzFest. Os concertos incluídos neste festival serão repartidos por Mafra, Sintra, Oeiras e Cascais. Os destaques do "Improvisos Ao Sul" vão para:

13 de Julho (Terça-feira)
Jacinta (Sintra - Centro Cultural Olga Cadaval)

21 de Julho (Quarta-feira)
Ravi Coltrane (Oeiras - Casa da Pesca)

22 de Julho (Quinta-feira)
Roy Ayers (Oeiras - Casa da Pesca)

22 de Julho (Domingo)
Buddy Guy (Cascais - Cidadela)

26 de Julho (Segunda-feira)
Barbara Hendricks & Magnus Lindgren Jazz Quartet (Cascais - Cidadela)

Mais informações sobre este festival em: www.cooljazzfest.com

terça-feira, julho 06, 2004

5º Funchal Jazz 

Arranca já amanhã, prolongando-se até ao dia 10 de Julho, o 5º Funchal Jazz, festival organizado pela Câmara Municipal do Funchal. O cartaz deste festival é o que se segue:

7 de Julho (Quarta-feira)
Dave Brubeck Quartet (21h30)

8 de Julho (Quinta-feira)
Maria Viana com a Orquestra de Jorge Costa Pinto (Homenagem a Max) (21h30)
João Bosco Group

9 de Julho (Sexta-feira)
Mark Turner Trio (21h30)
Lizz Wright

10 de Julho (Sábado)
Quarteto de Hugo Alves (21h30)
Magic Slim & The Teardrops

Decorrerão também actividades paralelas, onde se inclui uma exposição retrospectiva da obra de Danilo Gouveia, no Salão Nobre do Teatro Municipal Baltazar Dias e a iniciativa "Jazz Clube", nos dias 8, 9 e 10 de julho, às 23h30 no Crowne Plaza Hotel (Irish Pub), com o Humberto Fournier Sexteto. Nos dias 9 e 10 de Julho, pelas 18h00, no Restaurante/ Esplanada "Beerhouse", actuarão alguns combos do Curso de Jazz do Conservatório. Por seu lado, nos dias 7, 8, 9 e 10 de Julho, entre as 21h00 e 24h00, decorrerá ainda uma feira do disco jazz & blues, no Jardins Quinta Magnólia.

segunda-feira, julho 05, 2004

All Jazz n.º 10 

Depois de um período conturbado da sua existência, lutando com enormes dificuldades, está de volta a "All Jazz", a única revista de jazz editada em Portugal, sob a direcção de João Pocinho. No editorial refere-se que este número 10 se trata mesmo de "o de parto mais complicado"...

Este número inclui uma página de opinião de Duarte Mendonça, entrevistas com Manuel Freire (Presidente da Sociedade Portuguesa de Autores) e com o clarinetista e saxofonista de origem israelita Gilad Atzmon.

Destaque para os artigos "Efemérides e centenários do jazz em 2004" e "Live at the Village Vanguard - 70 anos a "morder" o melhor jazz da Big Apple", de João Moreira dos Santos, e sobre as edições de Charlie Parker "The Complete Verve Master Takes" e "Bird With Strings", de António Rubio.

José Duarte faz a apresentação do livro "Poezz - Jazz na Poesia em Língua Portuguesa" e ficamos a saber o que é o "Jazz na Tuna". É-nos apresentado um perfil do desconhecido saxofonista Bertarnd Denzler. O recente falecimento do lendário baterista Elvin Jones é motivo para uma breve nota biográfica.

Os diversos colaboradores da revista dão a conhecer as suas preferências discográficas (portuguesas, internacionais e reedições), bem como os melhores concertos de 2003.

São feitas resenhas aos concertos integrados no Jazz ao Centro, de Cecil Taylor e Tony Oxley, dos The Bad Plus. As habituais análises críticas de discos e noticiário diverso completam este número.

A "All Jazz" também se rendeu à blogosfera, e pode agora ser visitada em alljazz.blogspot.com.

domingo, julho 04, 2004

Mode for Shim 

Arrancou ontem, num final da tarde algo ventoso em Cascais, o XXIII Estoril Jazz / Jazz Num Dia de Verão, e logo com um concerto de homenagem ao lendário saxofonista Joe Henderson, que actuou naquele mesmo palco nos idos de 1993. A ideia nasceu, já aqui se disse, de um repto lançado por Duarte Mendonça, mentor da iniciativa, ao saxofonista jamaicano Mark Shim, ao qual o jovem músico respondeu afirmativamente.

Para além de Shim, estiveram no palco do Auditório Fernando Lopes Graça / Parque Palmela, o contrabaixista Mark Helias, músico seguro e experimentado, que conhecemos em contextos mais vanguardistas, e pelo baterista, para nós desconhecido, Jonathan Blake, que, depois de alguns problemas com o seu kit, deu boa conta do recado, em especial com os seus rufos que nos fizeram lembrar a escola de Art Blakey.

O concerto, dividido em dois sets com cerca de uma hora de duração cada, começou com "Mode For Joe" e oscilou entre momentos mais conseguidos, como destaque para as leituras de "Contemplation" (um original de McCoy Tyner, incluído em "The Real McCoy", dedicada por Shim ao recentemente falecido Elvin Jones, com quem tocou), "Black" (de Cedar Walton), "Inner Urge" e "Isotope" (ambos da autoria de Joe Henderson) e por momentos mais mornos, a que a público parecia assistir com alguma sonolência. Mark Shim é uma promessa a caminho de ser uma certeza no sax tenor e ofereceu-nos um concerto agradável.

A visita à mini-loja da FNAC instalada no local rendeu "Pursuance - The Music of John Coltrane" do saxofonista Kenny Garrett (também ele presente nesta edição do Estoril Jazz), com Pat Metheny, Rodney Whitaker e Brian Blade.

O "Improvisos Ao Sul" agradece, novamente, ao João Moreira dos Santos, a oportunidade de termos assistido ao concerto de Mark Shim, pela forma simpática como nos recebeu, e ainda pela oferta de um exemplar do n.º 10 da revista "All Jazz", acabadinho de sair.

sexta-feira, julho 02, 2004

Mark Shim 



O "Improvisos Ao Sul" vai estar presente no concerto do saxofonista jamaicano Mark Shim, que vai ter lugar amanhã ao final da tarde, no Auditório Fernando Lopes Graça, no Parque Palmela, em Cascais, no arranque do XXIII Estoril Jazz / Jazz Num Dia de Verão 2004, graças a um passatempo promovido pelo blogue "Jazz No País do Improviso", a quem agradecemos a oportunidade.

Neste concerto, Mark Shim irá homenagear o grande saxofonista tenor Joe Henderson, músico que em 1993 participou neste mesmo Festival, acompanhado por Dave Holland (contrabaixo) e Al Foster (bateria). O desafio de homenagear Henderson nasceu de um convite endereçado pelo produtor Duarte Mendonça, a que Shim imediatamente anuiu. A acompanhar Mark Shim neste concerto, estarão o contrabaixista Mark Helias (que recentemente tivemos a oportunidade de ver em Portalegre, ao lado de Gerry Hemingway) e pelo baterista Jonathan Blake.

Mark Shim nasceu em 1973 na capital jamaicana, Kingston. Emigrou com a família para o Canadá e depois para os EUA, onde começou a estudar saxofone. Mark Shim refere influências de Charlie Parker, cujos solos transcreveu como forma de aprendizagem da técnica da improvisação, Sonny Rollins, Eddie Lockjaw Davis e Joe Henderson. A partir de 1994, e para além dos estudos, digamos, académicos, participou em muitas jam-sessions em Nova Iorque. Tocou na big band de David Murray, na Mingus Dynasty Band, no trio de Betty Carter e no combo de Terence Blanchard. Em termos discográficos, estreou-se como líder na prestigiada editora Blue Note, com "Mind Over Matter" (1998), tendo lançado em 2000 o álbum "Turbulent Flow".

quinta-feira, julho 01, 2004

A outra arte de Miles Davis 


Retirado de www.dahlandgallantgallery.com

Vão estar patentes ao público até ao final deste mês, na galeria Dahl and Gallant Fine Art, em Santa Monica (Califórnia), pinturas da autoria de Miles Davis, recentemente descobertas.

Esta exposição será apresentada em cooperação com a família do mítico trompetista, que concordou em juntar peças da sua colecção privada, que complementarão os trabalhos originais, e será acompanhada por uma colecção de artigos raros de jazz, na posse de Henry Nemo, que inclui documentos relativos ao tempo que este passou no Cotton Club, em meados da década de 30, período em que escreveu a letra para temas como "I Let a Song Go Out of My Heart", com Duke Ellington.

Mais informações sobre esta exposição aqui.

Estoril Jazz 



Começa no próximo Sábado, e vai até 11 de Julho, no Auditório Fernando Lopes Graça / Parque Palmela, em Cascais, o XXIII Estoril Jazz / Jazz Num Dia de Verão, uma produção Projazz/DMproduções, que prossegue mais uma vez este ano a saudável tradição de trazer a Portugal grandes nomes da cena jazz internacional.

O apelativo cartaz da edição 2004 é o seguinte:

3 de Julho (Sábado)
Trio de Mark Shim (concerto de homenagem a Joe Henderson) (19h00)

7 de Julho (Quarta-Feira)
Quarteto de Kenny Garrett (21h30)

8 de Julho (Quinta-Feira)
Quarteto de Branford Marsalis (21h30)

9 de Julho (Sexta-Feira)
The Randy Brecker/Bill Evans Soulpop Band (21h30)

10 de Julho (Sábado)
Clayton - Hamilton Jazz Orchestra (19h00)

11 de Julho (Domingo)
Jazz at Palmela Park (19h00)